Urbanização 3n5f1z

Em conflito com a obrigatoriedade de preservação da qualidade hídrica de mananciais, a ocupação urbana promove o crescente desmatamento e a impermeabilização do solo. O resultado disso se traduz no assoreamento de rios e córregos com a freqüência ainda maior de cheias e inundações, que atingem exatamente os estratos mais pobres da população. 1wl3g

As funções ecológicas das áreas verdes urbanas auxiliam na prevenção, minimização ou reversão da degradação do ambiente. Há duas abordagens para a recuperação ambiental das cidades.

Tratamento de espaços individuais – envolve várias soluções, como correção dos processos já instalados e tratamento da áreas marginais nas cidades: estações de tratamento de água ou esgoto, lixões, aterros sanitários, vazios urbanos, pedreiras abandonadas, favelas.

Tratamento geral – organização de um sistema de áreas verdes que concentre as funções de melhoria da qualidade do meio e a recuperação de áreas degradadas.

Exemplos de recuperação ambiental 

Conforto Microclimático
  •  Revegetacão de áreas inertes
  •  Sombreamento
 Controle de poluição atmosférica
  •  Barreiras vegetais
 Controle de poluição sonora
  •  Barreiras vegetais
 Regularização hídrica
  •  Recuperação de fundo de vales
  •  Revegetação de áreas impermeáveis
 Controle de poluição hídrica
  •  Recuperação de fundos de vale
  •  Revegetação de áreas impermeáveis
 Estabilidade do solo
  •  Contenção de encostas
  •  Contenção da erosão laminar
 Controle da poluição edáfica
  •  Revegetação com espécies apropriadas
 Controle da redução da biodiversidade
  •  Regeneração natural ou induzida da vegetação
 Controle de vetores
  •  Restauração de habitats de espécies faunísticas predadoras de vetores
 Conforto ambiental nas edificações
  •  Revegetação de áreas inertes
  •  Sombreamento
 Controle da poluição visual
  •  Barreiras vegetais
  • Tratamento paisagístico
 Saneamento ambiental
  •  Recuperação de áreas de mananciais
  •  Revegetação de áreas impermeáveis
 Conservação de energia 
  •  Sombreamento
  •  Produção de biomassa

Etapas da recuperação/revegetação nas encostas urbanas

A ocupação urbana desordenada destas encostas praticamente elimina a vegetação arbórea existente, provocando significativos impactos. Apresenta como fator de correção a recuperação florestal, não só pelos seus custos, como também pelos atributos inerentes a uma floresta.

Construção de aceiros: esta operação constitui em uma capina manual, em faixa de 3 metros de largura e no entorno de cada área a ser revegetada. O material capinado é removido e espalhado para o interior da área de plantio, de modo a deixar completamente limpa a faixa do aceiro.

Roçada manual: para reduzir a vegetação inicial, de modo a facilitar o coveamento e reduzir a competição inicial das mudas.

Combate às formigas cortadeiras: formicidas macro e micro granulados, na razão de 10 g/m2.

Coveamento/espaçamento/adubação: covas feitas manualmente com 0,30 x 0,30 x 0,30 m. Espaçamento de 2,0 x 2,0 m. Adubação de 200 g/cova de superfosfato simples e feita com copos medidas e colocada diretamente nas covas antes do plantio.

Forma de plantio/replantio: o replantio feito até 120 dias após o plantio. Manutenção: tratos culturais – conservação de aceiros, controle de formigas, roçadas manuais e coroamento ao redor das mudas. A manutenção segue por 3 anos. A partir daí, o sistema começa a apresentar mecanismos de auto-sustentação. 

Deve ser considerado que as leguminosas florestais, principalmente do gênero Acacia, Albizia, Cassia, Mimosa, Leucaena e Sesbania, são um sucesso na colonização inicial e conseguem, juntamente com tratos culturais, acabar com o capim colonião, controlar os processos erosivos e contribuir efetivamente para a recuperação da função ecossistêmica.

Ambiente Brasil